10 famílias da Comunidade Nossa Senhora de Fátima do Crauateua acabam de receber os cafs atualizados
15/12/2025 | Assessoria de comunicação – Emater/PA
Reprodução – Emater/PA
Na merenda da Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental (Emeif) Afonso Félix Damasceno, dentro do território quilombola Nossa Senhora de Fátima do Crauateua, em São Miguel do Guamá, no nordeste paraense, o pequeno quilombola Ruan Gabriel, de quatro anos, consome frutas, grãos e hortaliças produzidos pelos próprios pais: Elizabeth Barata, de 24 anos, e José Kleiton Rodrigues, de 27 anos.
O caminho que leva o mamão, o milho e o quiabo, entre outros alimentos, plantados pela família até as unidades de ensino público do município é diretamente apoiado pelo escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater).
“Pra gente, é muito gratificante, um orgulho bom, saber que os resultados do nosso trabalho estão nutrindo nosso único filho, por vários motivos: é a certeza de um alimento de qualidade, com credibilidade, produzido pelas nossas próprias mãos; um alimento que carrega nossas tradições e a história do nosso povo. Nisto tudo, a gente enxerga a Emater como uma base”, comenta o pai.

Este mês, 10 famílias quilombolas da Comunidade Nossa Senhora de Fátima receberam do Governo do Pará, por meio da Emater, seus cadastros nacionais da agricultura familiar (cafs) atualizados. O documento é obrigatório para a participação contínua em políticas públicas de comercialização da agricultura familiar, como o Pnae e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).
“A Emater é de suma importância no processo: primeiro que nos documenta, segundo que nos acompanha, terceiro que nos auxilia nas questões burocráticas. É uma parceria fundamental para que possamos cultivar, vender e abastecer as demandas de São Miguel”, aponta o presidente da Associação dos Quilombolas da Comunidade Nossa Senhora de Fátima do Crauateua (Asquif), Márcio Gomes, de 40 anos, que reúne 60 associados.
Para o chefe do escritório local da Emater em São Miguel, o técnico em agropecuária Odiwaldo Silva, fortalecer as organizações sociais de populações tradicionais é uma das diretrizes da rotina de atuação da Emater: “Vamos desde o car [cadastro ambiental rural] coletivo, o caf jurídico da Associação, os cafs individuais. Todo este atendimento repercute em realidade funcional dos sistemas produtivos, em movimentação socioeconômica e em valorização da cultura e da existência”, resume.