Encontro teve como pauta o acordo assinado entre MDA e Senar, propostas para ampliação da Ater Pública e rumos do Suater
14/10/2025 | Assessoria de comunicação – Asbraer | Por Wenderson Lopes, supervisionado por Ana Karoliny Barros
Reunião virtual do CP-ATER
Na manhã desta terça-feira (14), a Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural, Pesquisa Agropecuária e Regularização Fundiária (Asbraer) participou de uma reunião do Comitê Permanente de ATER (CP-Ater), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Agrário (Condraf) para alinhar propostas relacionadas aos próximos passos do Sistema Unificado de Assistência Técnica e Extensão Rural (Suater) e a ampliação dos serviços da Ater Pública.
Durante a reunião, foi registrada a reprovação, pela maioria das instituições presentes, do Acordo de Cooperação Técnica firmado entre o MDA e o Senar, no último dia 8 de outubro.
Representando o MDA, o secretário de Agricultura Vanderley Ziger apresentou o plano de cooperação entre o governo federal e o Senar, que prevê assistência técnica e apoio à gestão para mais de 120 mil famílias da agricultura familiar. A proposta, no entanto, causou surpresa entre os representantes das instituições participantes, que cobraram maior clareza sobre o acordo.
O presidente da Asbraer, Otávio Maia, solicitou ao MDA esclarecimentos sobre os termos e impactos do acordo. Ele destacou que a Rede Asbraer, composta por 31 instituições públicas de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária, já atua diretamente com pequenos produtores na execução de políticas públicas e na emissão gratuita de documentos como CAFs, CPPs e CARs. Maia também alertou para a redução contínua dos investimentos destinados ao setor, o que compromete a efetividade das ações de Ater.
Na última quinta-feira (9), a Asbraer solicitou publicamente por esclarecimentos do MDA sobre o ACT.
O assessor do ministério, Mathews Vichr, apresentou uma proposta preliminar para os próximos passos do Suater, abrindo o debate sobre ajustes e alinhamentos necessários ao projeto.
Maia ainda destacou os avanços obtidos em Minas Gerais, com a autorização de 105 vagas no concurso público da Emater-MG e 257 vagas na Epamig, ressaltando o papel estratégico da pesquisa aplicada e da extensão rural no estado. Ele também pediu transparência quanto a prazos e fontes de financiamento, enfatizando que a valorização dos profissionais de ATER é essencial para a sustentabilidade do sistema.
O coordenador da Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Assistência Técnica, Extensão Rural e da Pesquisa Agropecuária (FASER), Fidélis Cláudio, defendeu o avanço do debate no Congresso Nacional, mesmo diante da complexidade política atual. Ele ressaltou a necessidade de fortalecer a governança, ampliar a participação social e evitar a sobreposição de estruturas ministeriais, o que, segundo ele, pode gerar dispersão de esforços e de recursos públicos.
A Asbraer e a Faser reforçaram a importância de avançar na regulamentação e no fortalecimento da ATER, com ênfase na valorização dos profissionais e no atendimento qualificado aos pequenos produtores familiares.
